"Você é Prometeu
Deve modelar os homens e fazê-los mover-se" .
(Voltaire)

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Curiosidades sobre o Teatro Elizabetano


Curiosidades sobre o Teatro Elisabetano

Um dos grandes marcos da arte ocidental, o teatro elisabetano teve seu surgimento no período que se estende da segunda metade do século XVI ao início do século XVII. Aos poucos, contaminou a sociedade e se transformou em uma das vozes de maior expressão cultural do século em que nasceu.

Seu nome, “Elisabetano”, decorre do fato de a maior parte de sua existência ao reinado da rainha Elisabete I, período de grande efervescência artística na Inglaterra, reflexo, em certa medida, do Renascimento Italiano.
Rainha Elizabete I

Globe Theatre

Sua construção inspirada nos circos da época, o teatro elisabetano usava, no início, locais improvisados e abertos. Seu teatro continha a seguinte estrutura: um edifício voltado para um grande pátio, composto por três andares, com o palco(10) no fundo superior(12)(17) e plateia.O palco em até três níveis para que várias cenas sejam representadas simultaneamente . Havia uma nítida separação, pois um terço das galerias fornecia os lugares para os mais afortunados(14-7), a “sala dos cavalheiros” ou “dos senhores”, enquanto pessoas comuns se acomodavam no pátio(13), em pé ou sentados, ou também em arquibancadas no camarotes populares(5-6). Depois as companhias foram se estabilizando e começaram a serem construídos os primeiros teatros. O edifício teatral consistia em uma construção muito simples, de madeira ou de pedra, freqüentemente circulares ou hexagonal, e dotados de um amplo espaço interno. Nas laterais e ao fundo haviam as salas para maquiagem(2), salas dos figurinos ou guarda roupas(1) e outras para o depósito de material(3) cênico; praticamente não havia decoração.
Na parte de cima havia uma casinha(15) por onde desciam os deuses ou seres superiores.Duas pilastras(16) sobre o palco sustentavam o teto que sempre representavam o céu. E para efeitos especiais temos no centro do palco o alçapão(8) utilizado para fazer sumir algum personagem, e por fim o porão(11) que proporcionavam novos efeitos de acordo com o tema. (veja imagem acima do Globe Theatre)
Quando o espetáculo estava prestes a começar, ouvia-se um soar de trombetas. As bandeiras(4) içadas eram sinal de espetáculo. Com a representação à luz do dia, atores e espectadores se viam uns aos outros.

Em seu modelo de representação, a audiência era colocada como cúmplice da peça e chamada a colaborar ativamente com a representação. Isto era facilitado pela proximidade entre palco/plateia e pelo fato de os personagens declararem seus planos e conflitos diretamente ao público, através de “solilóquios” e “a partes”. Os atores eram profissionais e recitavam no meio, não diante do povo, portanto, o público não era simples espectador, mas um participante do drama. Não havia atrizes, seus papéis eram interpretados por jovens atores que assumiam um tom de voz feminino. A ausência de decoração e de "efeitos especiais" melhorava a concentração na expressão gestual, mímica e verbal dos atores.


Uma mistura de gêneros o teatro elisabetano pode ser considerado uma mistura de tradições poéticas e teatrais da cultura clássica, onde, com a imaginação do público, os autores podiam contar qualquer história, esquadrinhando, romances e tragédias gregas, contos medievais e comédias italianas, dentre outros.

Um teatro de periferia - O teatro isabelino era popular, mas tinha má reputação. As autoridades de Londres o proibiram na cidade, por isso que os teatros se encontravam do outro lado do rio Tâmisa, na zona de Southwark ou Blackfriars, fora das competências das autoridades da cidade




Como exemplo de grandes dramaturgos do período, temos Christopher Marlowe, além, obviamente, de William Shakespeare, que, através do trabalho de sua companhia à frente do Globe Theatre, deixou um dos maiores legados dramatúrgicos para o teatro mundial.
William Shakespeare
WILLIAM SHAKESPEARE 
Foi o gênio notável da poesia dramática na cultura ocidental. Guardador de cavalos, ator, autor, poeta, Shakespeare revelou nas suas peças uma talentosa fusão de influências clássicas, tradições medievais e no espírito de sua época, colocando o ser humano no centro dos acontecimentos. Como homem, ele seria a soma imaginária dos seus personagens, representantes de todos os temperamentos, adeptos de todas as crenças. Como artista, teve o dom de captar com igual mestria as paixões mais turbulentas e os sentimentos mais puros, a mais rica alegria e o mais penoso desespero. Em suas criaturas, falam com a mesma clareza o sábio e o ignorante, a soldadesca vil e o caudilho triunfante. Concebeu as tragédias mais sombrias e as situações mais cômicas, narrando-as com a justeza de sua expressão e a magia do seu verbo. Shakespeare produziu sua obra ao compasso do tempo, com certa pressa, visando principalmente ao público ávido que o esperava. Foi magistral o traço dos caracteres com que povoou seu mundo. De Romeu e Julieta fez a personificação do amor irrealizado. De Otelo, o protótipo do ciumento. De Macbeth, o resumo da ambição e do remorso. Do Falstaff de “Henrique IV”, o retrato do inescrupuloso mas divertido beberrão. Do Shylock de “O Mercador de Veneza”: o usuário materialista por excelência. E Hamlet: talvez sua maior criação, encarna o dilema do homem de intensa vida espiritual , que busca a essência das coisas enquanto é obrigado a tomar uma atitude decisiva. No célebre monólogo do “Ser ou não ser”, o príncipe Hamlet quer “dormir, sonhar”, mas indaga se o sonho da morte não será um sonho como os outros. A outra vida poderá ser um perigoso pesadelo. Esta é um eterno sofrimento. Hesitante entre a fria execução de uma vingança e o sentimento de piedade, Hamlet rebela-se contra o destino. Porque assim pensava Shakespeare:
“A finalidade de representar, tanto no princípio quanto agora, era e é oferecer um espelho à natureza; mostrar à virtude seus próprios traços, à infâmia sua própria imagem, e dar à própria época sua forma e aparência.” (HAMLET, Ato III, cena II) 
Características das peças de Shakespeare
•Ausência de unidade de tempo e lugar no sentido clássico;
•Enredo principal e sub-enredos;
•Distinção não rígida de gêneros (Em tragédias possuem cenas de comédia ou vice- versa...);
•Variação da quantidade de personagens (Ex: Em uma peça existem 12 personagens, já em outra existem 50);
•Gêneros mais utilizados: Tragédias, comédias e dramas históricos;
•Versos brancos, rimados e prosa;
http://spescoladeteatro.org.br/curiosidades/index.php

Christopher Marlowe
Christopher Marlowe , dramaturgo Inglês, o pai da tragédia Inglesa, e instaurador do verso em branco dramático, o filho mais velho de um sapateiro em Canterbury, nascido em 6 de fevereiro de 1564. Ele foi batizado na Igreja de St. George, Canterbury, no 26 de fevereiro de 1563/4, cerca de dois meses antes do batismo de Shakespeare em Stratford-on-Avon.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Ampliando conhecimentos sobre o período Medieval

Acesse os links ou o site abaixo e saiba mais......
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feudalismo

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Material extraído do site ( http://www.suapesquisa.com/idademedia/)


História Medieval - Idade Média


Prezado aluno: Para entender a arte NESSE período negro na história é necessário um pouco de história no que se refere às conquista e guerras que envolveram a Europa E A REGIÃO DO MEDITERRÂNEO DURANTE APROXIMADAMENTE 1.000 ANOS DE HISTÓRIAS 
HISTÓRIA MEDIEVAL - Idade média
400 d.C  (séc. V) a 1400 d.C  (séc. XV)

Conteúdo EXTRAIDO DE: - http://idademedieval.com/author/medilog/
Idade Média
História Medieval, economia, sociedade, influência da Igreja, feudalismo, castelos, guerras,
peste negra, cruzadas, revoltas camponesas, cavaleiros, servos, sistema feudal, arte medieval.

Castelo Medieval: símbolo do poder da nobreza
INTRODUÇÃO
A Idade Média teve início na Europa com a queda do império romano do Ocidente no Mediterrâneo com as invasões Germânicas (Bárbaros) e a sua substituição por uma nova sociedade superficialmente germanizada, que evoluiu gradualmente para um estado feudal.
Devido à conquista progressiva da parte oriental do império pelo Islão, que se espalhou também pelas províncias africanas ocidentais, e à integração dos eslavos na cristandade, a influência do mundo cristão deslocou-se para norte. E assim, no fim da Idade Média, embora a Igreja latina (católica) ofuscasse facilmente a grega (ortodoxa), ambas se confinavam à Europa continental.
Essa época estende-se do século V até o século XV, com a retomada comercial e o renascimento urbano. A Idade Média caracteriza-se pela economia ruralizada, enfraquecimento comercial, supremacia da Igreja Católica, sistema de produção feudal e sociedade hierarquizada.
Neste resumo da Idade Média há alguns temas em especial que merecem ser entendidos para a compreensão deste período: Razões que motivaram a queda do Império Romano do Ocidente, Evolução e Decadência da Sociedade Feudal, Invasões periódicas dos nômades, O curso da história medieval. 
Sem esse entendimento, esse período aproximado de mil anos parecerá desordenado e sem sentido.
ESTRUTURA POLITICA
Prevaleceu na Idade Média as relações de vassalagem e suserania. O suserano era quem dava um lote de terra ao vassalo, sendo que este último deveria prestar fidelidade e ajuda ao seu suserano. O vassalo oferecia ao senhor, ou suserano, fidelidade e trabalho, em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. As redes de vassalagem se estendiam por várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso.
Todo os poderes jurídico, econômico e político concentravam-se nas mãos dos senhores feudais, donos de lotes de terras (feudos).

SOCIEDADE MEDIEVAL
A sociedade era estática (com pouca mobilidade social) e hierarquizada. A nobreza feudal (senhores feudais, cavaleiros, condes, duques, viscondes) era detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses. O clero (membros da Igreja Católica) tinha um grande poder, pois era responsável pela proteção espiritual da sociedade. Era isento de impostos e arrecadava o dízimo. A terceira camada da sociedade era formada pelos servos (camponeses) e pequenos artesãos. Os servos deviam pagar várias taxas e tributos aos senhores feudais, tais como: corvéia (trabalho de 3 a 4 dias nas terras do senhor feudal), talha (metade da produção), banalidades (taxas pagas pela utilização do moinho e forno do senhor feudal).











RELIGIÃO NA IDADE MÉDIA
Na Idade Média, a Igreja Católica dominava o cenário religioso. Detentora do poder espiritual, a Igreja influenciava o modo de pensar, a psicologia e as formas de comportamento na Idade Média. A igreja também tinha grande poder econômico, pois possuía terras em grande quantidade e até mesmo servos trabalhando. Os monges viviam em mosteiros e eram responsáveis pela proteção espiritual da sociedade. Passavam grande parte do tempo rezando e copiando livros e a Bíblia.
EDUCAÇÃO, CULTURA E ARTE MEDIEVAL
A educação era para poucos, pois só os filhos dos nobres estudavam.  Esta era marcada pela influência da Igreja, ensinando o latim, doutrinas religiosas e táticas de guerras. Grande parte da população medieval era analfabeta e não tinha acesso aos livros. A arte medieval também era fortemente marcada pela religiosidade da época. As pinturas retratavam passagens da Bíblia e ensinamentos religiosos. As pinturas medievais e os vitrais das igrejas eram formas de ensinar à população um pouco mais sobre a religião. Podemos dizer que, no geral, a cultura medieval foi fortemente influenciada pela religião. Na arquitetura destacou-se a construção de castelos, igrejas e catedrais. No campo da Filosofia, podemos destacar a escolástica (linha filosófica de base cristã), representada pelo padre dominicano, teólogo e filósofo italiano São Tomás de Aquino.

AS CRUZADAS
No século XI, dentro do contexto histórico da expansão árabe, os muçulmanos conquistaram a cidade sagrada de Jerusalém. Diante dessa situação, o papa Urbano II convocou a Primeira Cruzada (1096), com o objetivo de expulsar os "infiéis" (árabes) da Terra Santa.  Essas batalhas, entre católicos e muçulmanos, duraram cerca de dois séculos, deixando milhares de mortos e um grande rastro de destruição. Ao mesmo tempo em que eram guerras marcadas por diferenças religiosas, também possuíam um forte caráter econômico. Muitos cavaleiros cruzados, ao retornarem para a Europa, saqueavam cidades árabes e vendiam produtos nas estradas, nas chamadas feiras e rotas de comércio. De certa forma, as Cruzadas contribuíram para o renascimento urbano e comercial a partir do século XIII. Após as Cruzadas, o Mar Mediterrâneo foi aberto para os contatos comerciais.

AS GUERRAS MEDIEVAIS
A guerra na Idade Média era uma das principais formas de obter poder. Os senhores feudais envolviam-se em guerras para aumentar suas terras e o poder. Os cavaleiros formavam a base dos exércitos medievais. Corajosos, leais e equipados com escudos, elmos e espadas, representavam o que havia de mais nobre no período medieval.

PESTE NEGRA OU PESTE BUBÔNICA
Em meados do século XIV, uma doença devastou a população europeia. Historiadores calculam que aproximadamente um terço dos habitantes morreram desta doença. A Peste Negra era transmitida através da picada de pulgas de ratos doentes. Estes ratos chegavam à Europa nos porões dos navios vindos do Oriente. Como as cidades medievais não tinham condições higiênicas adequadas, os ratos se espalharam facilmente. Após o contato com a doença, a pessoa tinha poucos dias de vida. Febre, mal-estar e bulbos (bolhas) de sangue e pus espalhavam-se pelo corpo do doente, principalmente nas axilas e virilhas. Como os conhecimentos médicos eram pouco desenvolvidos, a morte era certa. Para complicar ainda mais a situação, muitos atribuíam a doença a fatores comportamentais, ambientais ou religiosos.

REVOLTAS CAMPONESAS: AS JACQUERIES
Após a Peste Negra, a população européia diminuiu muito. Muitos senhores feudais resolveram aumentar os impostos, taxas e obrigações de trabalho dos servos sobreviventes. Muitos tiveram que trabalhar dobrado para compensar o trabalho daqueles que tinham morrido na epidemia. Em muitas regiões da Inglaterra e da França estouraram revoltas camponesas contra o aumento da exploração dos senhores feudais. Combatidas com violência por partes dos nobres, muitas foram sufocadas e outras conseguiram conquistar seus objetivos, diminuindo a exploração e trazendo conquistas para os camponeses.


terça-feira, 2 de abril de 2013

Curiosidades da Comédia Dell'Arte


CURIOSIDADES SOBRE A COMÉDIA DELL’ARTE
 
Uma representação pública da Comédia Dell'Arte
A Comédia Dell'arte, também conhecida como comédia italiana ou comédia do improviso. Mas, de todas essas denominações, a que prevaleceu mesmo foi Comédia Dell'arte.
As artes floresciam: pintura, arquitetura, música. O homem passou a ser o objeto de interesse dessas artes, e não mais os deuses (ou, no caso da Igreja católica, o Deus).
Até seu surgimento, os atores não se organizavam profissionalmente. Com a comédia Dell'arte, passaram a se especializar nas técnicas teatrais necessárias a representação improvisada (mímica, vocal, acrobática, cultural). Portanto, passaram a formar companhias de cômicos Dell'arte, constituídas por artistas profissionais. Foi à revolução do teatro popular; revolução que acabou prevalecendo sobre a Escola Clássica do Teatro Romano.
Os cômicos Dell'arte se opunham a qualquer tipo de intelectualismo, não aceitavam nada que não fosse de âmbito popular, que não refletisse o pensamento popular. Sob a capa da sátira, reproduziam costumes e comportamentos de sua época.  Interpretavam a vida sem disfarces. Pela primeira vez, as mulheres subiam ao palco.
O Autor do texto escrevia apenas a linha geral dos acontecimentos, um esqueleto do enredo, denominado senário. Deixava o diálogo inteiramente por conta dos atores que eram excelentes improvisadores e grandes mímicos. Cada ator criava o seu próprio tipo, as suas próprias reações e a sua própria linguagem. Marcavam, assim, profundamente a personagem, que representariam, salvo raríssimas exceções, por toda a vida.
Eles passavam o humor por meio de gestos e palavras, emprestando irreverência e magia aos personagens. A mímica acompanhava as falas e se manifestava não exatamente pela fisionomia, pois quase sempre o rosto estava encoberto pela máscara, mas, sim, pelo jogo corporal. Acrescentavam a mímica o elemento acrobático - contorções, piruetas, cambalhotas, saltos mortais - muito importante para a realização da comicidade. A isso tudo, uniam dança e música.
Nas interpretações usavam sempre figurinos e máscaras apesar de a igreja proibir o seu uso. Porém esses rebeldes artistas continuavam a usá-las; e, por esse motivo, muitos deles tiveram suas línguas cortadas.
Os espetáculos eram apresentados nas festas ou nos mercados das mais importantes cidades italianas e expressavam o ideal humanista com cenas centradas no homem, na mulher e também nas ciências. A trama e a intriga caracterizavam os principais tipos da sociedade da época, como o comerciante, o doutor, o capitão e o padre. Esses personagens fixos se alternavam nas histórias que quase sempre giravam em torno de romances e intrigas da sociedade. O diálogo e a ação poderiam facilmente ser atualizados e ajustados para satirizar escândalos locais, eventos atuais ou manias regionais; misturados a piadas e bordões. Os Innamoratis(amorosos) eram considerados papéis sérios e se opunham aos anciões e bufões.
Com um palco rusticamente adaptado numa carroça, os grupos da Comédia Dell’arte seguiam de cidade em cidade, com máscaras, faces e disfarces, fazendo sua critica, declarando seu amor, e, no fim, se despedindo com poesias e mensuras.

As Personagens eram identificadas pelo figurino, máscaras, e até por objetos cênicos, como o porrete. Eis os principais:
Arlecchino (Arlequim) – facilmente reconhecido pela roupa branca e preta ou coloridas com estampas em forma de diamantes. Representava o servo palhaço. Era acrobata, amoral e glutão. No carnaval é o bufão. Geralmente, o arlequim é servo do Pantalone, às vezes, do Dottore. Ele ama a Colombina, mas ela apenas o faz de idiota.
Arlequim numa produção atual 
Columbina – A contrapartida feminina do arlequim. Usualmente apresentava-se como inteligente e habilidosa. É uma das servas. Algumas vezes, utiliza roupas com as mesmas cores do arlequim.
 
Arlequim e Colombina 
Brighella (Nani ou Pulcinella) – também um servo, porém mais esperto que o arlequim. Um trapaceiro imoral e desmerecedor de confiança. É uma personagem agressiva, dissimulada e egoísta. Pode roubar e até matar para atingir seu objetivo.
Muitas vezes conhecido como “Punch”. O esquisito, inspirador de pena, vulnerável e geralmente desfigurado. Na maioria das vezes, com uma corcunda. Muitas vezes, não é capaz de falar e, por isso, comunica-se através de sinais e sons estranhos Sua personalidade pode ser a de um tolo, ou de um enganador. Tem a voz estridente e sua máscara tem um nariz grande e curvo, como o bico de um papagaio.
 
Pulcinella
Dottore Balanzone (o doutor) – aparenta ser um intelectual, mas geralmente essa impressão é falsa. É um velho rico, pedante, avarento e sem o menor sucesso com as mulheres. Usa uma toga preta com gola branca, capuz preto apertado sob um chapéu preto com as abas largas viradas para cima.
 
O Doutor 
Pantalone (Pantaleão) – comerciante judeu, rico e avarento, mas ignorante. É o arquétipo do velho pão-duro. Não se preocupa com mais nada além de dinheiro. Apresenta-se de cavanhaque branco e manto negro sobre o casaco vermelho.
 
Pantaleão 
Il Capitano (Capitão) – forte e imponente, mas não necessariamente heróico, geralmente usa uniforme militar, mas de forma exagerada e desnecessariamente pomposa. Conta vantagens como guerreiro e conquistador, mas acaba desmentido. Capa e espada são adereços obrigatórios.

 
Capitão 
Scaramuccia ou Scaramouche - é um pilantra covarde. Usa uma máscara de veludo negro, assim como também são suas roupas e seu chapéu. Um bufão, geralmente retratado como um contador de mentiras.

 
Scaramouche  
Os Innamorati (enamorados) - o innamorato e a innamorata são os amantes e têm muitos nomes. (Isabella era o nome mais popular usado para a enamorada). São personagens jovens, virtuosos e perdidamente apaixonados um pelo outro. Usam trajes belos e de acordo com o período e a moda vigente. Nunca usam máscara e, geralmente, cantam, dançam ou recitam poemas. O mais conhecido enamorado é o Pierrot (Pedro ou Pedrolino), um servo fiel e totalmente devotado ao seu patrão. Forte, confiável, honesto, charmoso e carismático. Usa roupas brancas folgadas com um lenço no pescoço.
 
Os Enamorados